quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Pessoas nervosas têm um sistema imunitário mais fraco
Também o Stress pode reduzir a resposta imunitária...
A nossa capacidade de defesa aos microrganismos patológicos não depende só da nossa condição física. A nossa personalidade interfere muito com o nosso sistema imunitário, assim ficou provado através de um estudo realizado na Universidade de Pittsburgh (EUA).
84 voluntários receberam a vacina contra a Hepatite B. 5 meses após a administração da 2ª dose (de um total de 3) foram recolhidas amostras sanguíneas e realizados testes de personalidade (Health Psychology, 20, 2001, 4). Como estudos anteriores tinham implicado personalidades "neuróticas" como sofrendo mais frequentemente de doenças, os investigadores deram especial ênfase a estas pessoas.
Posteriormente foi avaliada a resposta imunitária conferida pela vacina e a respectiva personalidade. A conclusão: nos voluntários com uma personalidade "neurótica" o número de anti-corpos era inferior, comparando com os restantes elementos do grupo.
E será que o stress influência o sistema imunológico? Para responder a esta pergunta os cientistas, pediram ao grupo de voluntários que, após receberem a 3ª dose da vacina para o Hepatite B, fizessem um discurso público, perante câmaras de televisão. Antes e após esta situação de stress foram colhidas amostras de sangue, e novamente verificou-se que, nos indivíduos classificados com tendo uma personalidade "neurótica" a resposta imunitária foi claramente inferior aos outros elementos do grupo de estudo.
"Este estudo é o primeiro a demonstrar que diferenças de personalidade e situações de stress, podem influenciar o sistema imunitário de uma forma clinicamente relevante", afirmou a responsável do estudo Dr.ª Anna L. Marsland.
Fonte: Aerztezeitung.de
25 de Janeiro de 2001
25 de Janeiro de 2001
Descoberto gene do pânico
Mutação genética é responsável por certos problemas de ansiedade
Uma mutação genética é a culpada pela maior parte dos ataques de pânico e outros distúrbios de ansiedade que afectam um elevado número de pessoas em todo o mundo.
A notícia vem publicada na reputada revista científica New Scientist e foi elaborada por uma equipa do Centro de Biologia Médica e Molecular em Barcelona.
Os cientistas estudaram famílias com historial de problemas ansiosos, tais como ataques de pânico, agorafobia e fobia social. Descobriram, então, que 90 por cento dos membros das famílias afectadas transportavam em si uma anormalidade genética, denominada DUP25.A região onde a mutação ocorre contém mais de 60 genes, mas só 23 foram identificados pelos cientistas.
No entanto, a equipa sabe agora que alguns dos genes têm um papel crucial no controlo da comunicação intercelular do sistema nervoso.
A produção de certas proteínas poderá ser a razão pela qual o cérebro se torna extremamente sensível a situações de stress.
Apesar das descobertas, os cientistas avisam que nem todas as pessoas com a mutação genética sofrem de problemas de ansiedade.
Em declarações à New Scientist, Monica Gratacos, investigadora da equipa, explicou a existência de outros factores que concorrem para o stress e ansiedade. "O meio ambiente é muito importante. Nas famílias afectadas, por exemplo, 20% das pessoas com DUP25 não apresentavam quaisquer sinais de doença ".
Esta descoberta poderá levar ao desenvolvimento de medicamentos capazes de ajudar pessoas a combater os seus medos.
A equipa tenta identificar, com precisão, quais dos genes do DUP25 que estejam ligados, de algum modo, aos ataques de ansiedade. Caso consigam chegar à conclusão, dentro dos próximos dez anos serão encontradas novas formas de tratamento capazes de suprimir os genes responsáveis, bem como as proteínas produzidas.
Neste estudo, os cientistas também descobriram que a mutação DUP25 pode mudar de geração para geração e até de indivíduos para indivíduos.
Raymond Crow, psiquiatra da Universidade de Iowa e especialista em distúrbios de pânico, afirmou à New Scientist que esta descoberta é "muito importante", dado que, "ao que parece, descobriram um novo e completo mecanismo da doença.
Estima-se que cerca de uma em cada 10 pessoas sofra de problemas relacionados com ansiedade.
Fonte: New Scientist
23 de Agosto de 2001
Ouvir a voz da mãe reduz stress nas mulheres
O simples facto de ouvir a voz da mãe pelo telefone reduz os níveis de stress provocados pela hormona cortisol tanto quanto o contacto presencial feito pelo beijo e pelo abraço, de acordo com um estudo publicado na revista “Proceedings of the Royal Society B”.
Para o estudo, a equipa da University of Wisconsin-Madison, nos EUA, liderada por Leslie Seltzer, testou um grupo de raparigas, com idades entre os 7 e os 12 anos, aumentando os seus níveis de stress ao submetê-las a uma prova de matemática perante um auditório repleto de pessoas desconhecidas.
Após esta prova de stress, um terço das meninas recebeu a visita das mães, outro terço assistiu a filmes com conteúdo emotivo neutro e o resto das raparigas falou com a mãe pelo telefone.
A resposta hormonal ao stress foi igual nas meninas que receberam os abraços das mães e nas que escutaram a voz e os conselhos maternos pelo telefone. Os níveis de ocitocina, a chamada “hormona do amor”, foram elevados, indicando que a sua libertação não depende do contacto físico, refere o comunicado de imprensa da universidade.
Neste estudo não participaram rapazes, dado que, segundo os investigadores, a gestão do stress varia de acordo com o sexo: enquanto as mulheres optam por reforçar os seus laços sociais como resposta ao stress, os homens optam por uma estratégia de fuga ou de luta física.
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