quinta-feira, 29 de março de 2012

Estimulação ovárica em mulheres com mais de 35 anos pode ter efeitos adversos

Estimulação ovárica em mulheres com mais de 35 anos pode ter efeitos adversos

Estudo do Centro de Fertilidade, Ginecologia e Genética de Londres

A estimulação ovárica em mulheres com mais de 35 anos que se submetem a tratamentos de fertilidade pode causar efeitos adversos, revela um estudo divulgado pela agência espanhola EFE e citado pela agência Lusa. 

O estudo foi apresentado na conferência anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, que se realizou em Estocolmo, Suécia.

Um grupo de investigadores do Centro de Fertilidade, Ginecologia e Genética de Londres considera que esse procedimento, em que se recorre à medicação hormonal para estimular os ovários a produzirem maior quantidade de células reprodutoras (ovócitos), altera o processo crítico de duplicação de cromossomas conhecido como meiose.

Os especialistas apontam que isso levaria à ocorrência de anomalias no número de cromossomas, o que, por sua vez, pode causar efeitos secundários, tais como o fracasso do tratamento de reprodução assistida, aborto ou, mais raramente, o nascimento de uma criança com patologias.

Para chegar a esta conclusão, o director do Centro de Fertilidade, Ginecologia e Genética de Londres, Alan Handyside, juntamente com colegas de outros oito países, desenvolveram uma técnica para detectar corpos polares, pequenas células produzidas durante as divisões meióticas no processo de maturação dos óvulos. 

Alan Handyside já admitiu, no entanto, que ainda é necessário “investigar mais a incidência e o esquema de erros meióticos com diferentes métodos de estimulação”.

“Os resultados dessa investigação deverão permitir-nos identificar melhores estratégias clínicas para reduzir a incidência de erros nos cromossomas em mulheres com mais de 35 anos que se submetem a tratamentos de infertilidade”, disse o especialista, citado pela Lusa.

Fonte: LUSA
06 Julho 2011

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